Missão e Visão

Missão: Fomentar a produção científica dos diversos setores clínicos do Hospital, criando um ambiente acadêmico na Instituição.

Visão: Projetar o Hospital São Rafael no cenário nacional e internacional, como uma instituição cientificamente produtiva e cuja cultura de pensamento clínico seja embasada no paradigma científico.


quinta-feira, 9 de abril de 2015

Prevalência de Fatores de Risco Cardiovascular de acordo com Funções Laborais em Colaboradores de um Hospital Terciário




Em nossa terceira sessão científica, tivemos a participação dos pesquisadores da Medicina do Trabalho do HSR.
 
Nesta sessão, Dra. Ana Paula Teixeira (coordenadora da Medicina do Trabalho) e Dr. Romário Filho (médico e pesquisador do setor) apresentaram o Projeto que descreve os fatores de risco nos indivíduos acompanhados pela medicina do trabalho. Há um grande banco de dados, que está sendo trabalhado em colaboração com o pessoal da informática.
Falamos na reunião passada da translação da assistência para ciência, exemplificada pelo projeto da pediatria. Nesta, percebemos a translação de uma atividade primariamente gerencial (trabalhista) para a geração de conhecimento científico, aplicável na assistência. É um entrelaçamento interessante. 
Percebemos que a Medicina no Trabalho tem um grande potencial de desenvolver ciência, visto que o acompanhamento anual dos funcionário representa uma grande coorte prospectiva

Foi colocado por Romário o objetivo primário de descrever a prevalência de fatores de risco nos funcionários de um hospital terciário, usando o HSR como amostra. Além disso, será feita a interessante comparação entre os diferentes grupos laborais. Por exemplo, quem tem mais risco cardiovascular: médico ou enfermeiro? médico assistencial ou médico gerencial? líderes ou liderados?

E foi avançando nesta discussão que surgiu a ideia de instituir um ensaio clínico randomizado, comparando diferentes estratégias de controle de fatores de risco. Na prática, o HSR já realiza um programa deste tipo. É apenas adaptar esta metodologia para um modelo randomizado, onde se compara estratégias de prevenção.

Mas qual a melhor estratégia?

Usualmente, nós partimos da premissa de que algo pode ser benéfico e acreditamos tanto que nunca pensamos em testar. O paradigma científico nos traz para a realidade de que mesmo coisas plausíveis precisam ser testadas, pois plausibilidade não é prova de conceito, apenas geradora de hipótese. 

O bom cientista é o que sabe fazer perguntas, não o que acredita ter todas as suas respostas. É o que se protege do "complexo de Deus".

Será que promover caminhadas na hora do almoço faz as pessoas perderem peso? Talvez sim, mas talvez eles se sintam mais livres para fazer um lanche calórico à tarde, ultrapassando na ingesta a pequena perda de caloria da caminhada. Onde está a verdade?

Ao final, nossa gerente médica Ana Verena fez o feliz comentário de que o clima religioso do HSR deve servir para nós de exemplo, para que criemos um clima científico nos mesmos moldes. Essa é nossa Missão.

Ciência vai virar religião no HSR.



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